Período castigou o setor de construção civil como um todo, e algumas companhias não conseguiram encerrar o semestre no azul
Daniela
Barbosa, de Exame.com
São
Paulo - Poucos lançamentos, desaceleração das vendas e liquidação de estoques.
O primeiro semestre não foi positivo para o setor de construção civil,
principalmente para as incorporadoras de empreendimentos residenciais.
Das
17 companhias de capital aberto que representam esse segmento no país, boa
parte delas apresentou queda em seus ganhos na comparação com o mesmo período
do ano passado, segundo a consultoria Economática. E pelo menos sete delas
fecharam o semestre no vermelho.
Para
Erick Scott, analista do setor de construção civil da SLW Corretora, o semestre
fraco é reflexo, antes de tudo, da própria desaceleração econômica do país. “As
vendas foram menores no período, pois as construtoras estavam focadas em
desencalhar os estoques”, afirmou.
A
PDG e a Brookfield foram as que mais apresentaram prejuízos nos seis primeiros
meses do ano. Juntas, elas somaram perdas de quase 800 milhões de reais no
semestre. Segundo Scott, os resultados tão negativos estão atrelados a ajustes
de custos que as duas construtoras tiveram que fazer.
“A
tendência é que o setor comece a se reerguer daqui para frente. Acredito que o
momento mais crítico já tenha ficado para trás. Mas a recuperação não será do
dia para noite; deve demorar um pouco e dificilmente deve voltar a ser como era
dois anos atrás”, disse o analista.
PDG
Nos
seis primeiros meses do ano, a PDG acumulou prejuízo de 417,6 milhões de reais,
ante um lucro de 470,3 milhões de reais somado no mesmo período do ano passado.
Segundo
a companhia, em seu balanço financeiro, a queda está diretamente ligada à
revisão dos orçamentos que a companhia precisou fazer no segundo trimestre do
ano.
A
construtora fez um acréscimo de 478 milhões de reais em custos no período, boa
parte proveniente de obras de terceiros e parceiros.
A
PDG espera entregar cerca de 35.000 unidades neste ano, mas revisou o número
para 30.000, reposicionando o restante para 2013.
Brookfield
A
Brookfield também revisou suas metas para este ano, após o resultado desastroso
apresentado no primeiro semestre do ano. A companhia, que tinha metas de
lançamentos e vendas de 4,5 bilhões de reais e 4,2 bilhões de reais, reduziu
para 3 bilhões de reais e 3,5 bilhões de reais, respectivamente.
No
primeiro semestre, a construtora reportou prejuízo de 379,5 milhões de reais. O
resultado negativo perda foi atribuído à realização de um ajuste de orçamento,
que fez com que a empresa reconhecesse custos adicionais e revertesse receita.
No
primeiro semestre de 2011, a Brookfield havia somado lucro de 144 milhões de
reais.
Viver
Nos
seis primeiros meses do ano, a Viver Incorporadora acumulou prejuízo de 64,7
milhões de reais, ante lucro de 18,5 milhões de reais registrado no mesmo
período do ano passado.
Segundo
a companhia, o resultado ruim está atrelado à alta de custos no período, ao
aumento do número de contratos desfeitos, à desaceleração do ritmo de repasse,
que impactou na amortização das dívidas da companhia e, consequentemente, a
mais despesas financeiras.
João
Fortes
A
João Fortes acumulou perdas de 33,2 milhões de reais nos seis primeiros meses
do ano. Em 2011, no mesmo período, a construtora havia reportado lucro de quase
7 milhões de reais.
No
período, as vendas da companhia caíram quase 40% em relação ao primeiro
semestre de 2011, totalizando pouco mais de 67 milhões de reais.
Já
as despesas financeiras da companhia cresceram 100%, totalizando 34 milhões de
reais.
Gafisa
No
segundo trimestre do ano, a Gafisa conseguiu reverter o prejuízo acumulado no
mesmo período do ano passado e reportou lucro líquido de 1 milhão de reais;
mas, no consolidado do semestre, a construtora apresentou prejuízo de 30,4
milhões de reais.
A
Tenda, braço voltado para a baixa renda da companhia, foi mais uma vez a
principal vilã para o resultado ruim apresentado pela companhia. Somente ela
foi responsável por um prejuízo de mais de 43 milhões de reais no primeiro
semestre.
CR2
A
CR2 registrou prejuízo de 14,2 milhões de reais no primeiro semestre do ano,
apesar da perda, o montante 42% menor que o prejuízo apresentado pela
construtora nos seis primeiros meses do ano passado.
No
mesmo período, a receita da companhia cresceu mais de 40%, totalizando cerca de
110 milhões de reais.
Tecnisa
A
Tecnisa registrou prejuízo de 8,7 milhões de reais no primeiro semestre do ano,
ante lucro de 126 milhões de reais acumulado no mesmo período do ano passado.
O
resultado negativo foi reflexo do prejuízo apresentado pela construtora no
primeiro trimestre do ano de mais de 11 milhões de reais, uma vez que no
segundo trimestre, a Tecnisa registrou lucro de 2,6 milhões de reais.
Nos
três primeiro meses do ano, a ausência de lançamentos da construtora impactou
as vendas que, por sua vez, refletiu negativamente nos ganhos da Tecnisa.
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